AO COMANDANTE DAS
CONSCIÊNCIAS!
POR ADEMAR BOGO
Se a história pedir um testemunho
De um marco heróico e igualitário
Que tenha investido no contrário
Daquilo que pregavam as cartilhas;
Os olhos se voltam para a Ilha
E ao mais belo processo humanitário.
Ali não se detém a marcha libertária;
Persiste o triunfo em sua totalidade...
Nos gestos firmes de solidariedade
Verte o suor do ardor revolucionário.
No entanto, a história segue perguntando:
A quem pertence tamanha singeleza?
E tem a resposta da fineza
Cantada com bela melodia;
Os versos na boca da utopia
Escritos pelas mãos da gentileza:
Que não há triunfo sem grandeza
Nem encanto, se falta a ideologia.
Mas a história persiste na insistência:
Quer saber em que se ancora a coerência
De um povo que tem livre a sua memória?
Sabe ele que a mais simples das vitórias
Só se alcança com os passos da prudência;
Quando, o comando com paciência
Faz as ondas do Mar como trincheiras...
E perfila as montanhas guerrilheiras ...
Num andar que seduz as consequências.
Construída, a vitória vêm os frutos,
E dos frutos generosos, as sementes...
Sendo assim, a transição é permanente
No compasso do desejo mais profundo.
E o exemplo recuidado ganha o mundo
Não por ordem da riqueza material
Nem movido por amor ao capital
Mas por força da amável inteligência.
E se a história quiser mais evidências;
Uma prova cabal e contundente,
É só olhar que o responsável está na frente:
O eterno comandante das consciências.
Teixeira de Freitas, agosto
de 2016
Querido Comandante
Fidel,
Por ocasião de seu
nonagésimo aniversário, os membros da Rede de Intelectuais, Artistas e
Movimentos Sociais em Defesa da Humanidade, queremos fazer chegar nossas mais
sinceras felicitações e, sobretudo nosso mais profundo agradecimento por tudo
que tem feito pelos povos de Nossa América e por todos do mundo.
Sua figura tem sido
permanente fonte de inspiração não somente quando, impulsionados pela maré
ascendente das lutas populares dávamos passos firmes em direção ao socialismo,
mas também nos momentos recorrentes em que nossos avanços se detinham em
consequencia da agressividade da reação do imperialismo e seus aliados.
Se nos períodos de ascenso
seu exemplo nos obrigava a não nos dar jamais por satisfeitos nem satisfeitas
e, como bons revolucionários e revolucionárias a prosseguir com renovados
orgulhos nossa marcha; quando deveríamos enfrentar as adversidades ou a
contra-ofensiva do inimigo, a lembrança de sua atitude após o Moncada ou o
ataque do imperialismo em Praia Girón fortalecia nossos espíritos e nos
convencia que a vontade inabalável de lutar por nossos ideais era o caminho
seguro para a vitória. Você nos mostrou esse rumo em incontáveis ocasiões e
podemos lhe assegurar que esse ensinamento que nos reiterou em sua reunião com
os intelectuais em 10 de fevereiro de 2012, quando disse que “ainda que nos
dissessem que restam poucas semanas de vida ao mundo, nosso dever seria lutar,
continuar lutando até o fim” calou fundo e já é uma marca indelével em milhões
de latino americanos e caribenhos que sabem, como muitos outros que lutam em
outras partes do mundo, que esse será nosso destino: lutar até o fim,
conscientes de que as classes dominantes e o imperialismo jamais se darão por
vencidos.
A convicção de que nossas
ideias e nossos valores são infinitamente superiores aos dos nossos inimigos
foi e é um alimento essencial de nossa militância revolucionária. De você
aprendemos que sua defesa exige a mais absoluta intransigência. Como quando, com
virtuosa obstinação, você se negou a arriar as bandeiras do socialismo no
momento em que se desintegrava a União Soviética e desaparecia o campo
socialista.
Graças à sua inabalável
convicção, a Revolução Cubana pôde seguir sua marcha e, com seu heroico exemplo,
abriu um caminho que poucos anos depois começariam a percorrer numerosos países
de Nossa América após o triunfo de Hugo Chávez Frias nas eleições presidenciais
da Venezuela em dezembro de 1998. Se você tivesse se deixado convencer pelos
que o aconselhavam a abandonar para sempre o projeto socialista e Cuba se
tivesse jogado nos braços do capitalismo, o luminoso período aberto desde final
do século passado até nossos dias, com a derrota da ALCA, a criação da ALBA, da
UNASUR, da CELAC, de Petrocaribe, do Banco do Sul, da Telesur, da própria Rede
em Defesa da Humanidade, jamais teriam acontecido. A potente luz que irradiava
o farol da Revolução Cubana foi decisiva para impulsionar nossos povos a deixar
para trás a longa noite neoliberal dos anos noventa e retomar o caminho à nossa
Segunda e Definitiva Independência.
Por isso nossa dívida, a
dívida de nossos povos com você, Comandante, é incomensurável e daí nossa
profunda gratidão por sua integridade revolucionária, por ter sido fiel àquela
maravilhosa definição de “revolução” que expressou em seu discurso do 1º de
Maio de 2000, em uma das passagens onde ressaltou que Revolução “é defender os
valores nos que se crê ao preço de qualquer sacrifício; é modéstia,
desinteresse, altruísmo, solidariedade e heroísmo; é lutar com audácia,
inteligência e realismo”. Ao longo de sua fecunda vida você tem sido fiel a
essas ideias que viverão eternamente na alma dos revolucionários e
revolucionárias de todo o mundo, de todos aqueles que sabem que outro mundo é
possível e necessário e que se se luta com a constância e coerência que você
demonstrou durante tantos anos, a vitória será inevitável.
FELIZES NOVENTA ANOS, FIDEL
! OBRIGADO POR SEU EXEMPLO. PODE ESTAR CERTO QUE SEREMOS FIÉIS A SEUS
ENSINAMENTOS ATÉ A VITÓRIA FINAL.
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argentina em homenagem a Fidel 3.40`,
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